Exemplo de cidadania responsável, Emílio Rui Vilar já fez um pouco de tudo ao serviço da economia, da causa pública, da cultura.
Jurista de formação, cumpriu o serviço militar e esteve na guerra colonial, em Angola. Movido pelo desejo de mudança e pela necessidade de democratização política, fez parte do grupo de cidadãos que no início dos anos setenta viria a fundar a SEDES, uma das mais antigas associações cívicas portuguesas
Foi bancário, deputado, secretário de Estado, ministro, vice-governador do Banco de Portugal, diretor-geral da Comissão das Comunidades Europeias em Bruxelas, para citar «alguns» ofícios. Liderou a Caixa Geral de Depósitos, a GalpEnergia, a REN. Presidiu a Fundação Calouste Gulbenkian durante uma década. Idealizou a Culturgest, palco da TEDxLisboa no ano em que o espaço cumpre 30 anos ao serviço da modernidade, da multiculturalidade e do experimentalismo.
Muitos mais “ofícios” fazem parte da vida preenchida de um homem que esteve – e continua a estar– no centro de decisão das maiores instituições culturais portuguesas. Neste percurso ímpar, é de sublinhar o pioneirismo enquanto comissário-geral da Europália em 1991 quando apresentou, pela primeira vez no estrangeiro, um programa estruturado das manifestações mais significativas da cultura lusa, desde exposições a espetáculos de teatro, passando pela música, a dança, o cinema.
No presente, continua a afirmar-se presente, desdobrando-se para chegar a todas as solicitações que o apaixonam. É presidente do Conselho de Fundadores da Fundação de Serralves, membro do Conselho Superior da Universidade Católica Portuguesa, Senior Adviser da Fundação Calouste Gulbenkian e presidente da Comissão de Ética do Banco de Portugal.